1 de abril de 2010

1º de abril!

Fonte: Revista Comunhão

A mentira é algo tão arraigado nas pessoas que há um dia “reservado” para esse pecado. No dia 1º de abril o mundo “celebra” o Dia da Mentira - conta-se que a comemoração surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o ano novo era festejado no dia 25 de março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de abril. Mas, em 1564, o rei Carlos IX determinou que o réveillon fosse comemorado no dia 1º de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo. Eles passaram a ser ridicularizados e algumas pessoas lhes enviavam presentes esquisitos e convites para festas que não existiam.

A psicóloga Cláudia Calil, membro da Igreja Evangélica Batista de Vitória, explica que muitas vezes o ato de mentir se torna uma doença, a mitomania, que é a tendência mórbida para a mentira. “Normalmente, as mentiras dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos. Uma pessoa que vive um péssimo relacionamento com o pai violento, por exemplo, pode começar a inventar para os colegas como sua relação com o pai é boa e divertida, contando sobre passeios e conversas que nunca existiram. Mas não costuma mentir sobre todos os outros assuntos, diferentemente dos mentirosos compulsivos, que mentem em qualquer ocasião. Para estes, o objetivo não é a mentira, sendo esta apenas um meio para outros fins”, explicou.

Ela ainda acrescentou que o comportamento de mentir deixa marcas profundas. “As pessoas mentem porque são doentes, por passarem por episódios traumáticos, por medo, educação, cultura, vergonha, culpa, inversão de valores e princípios, crenças e condicionamentos. O comportamento de mentir pode afastar ou adiar conseqüências desagradáveis, mas pode ocasionar culpa, angústia e baixa auto-estima também”.

O pastor Celso Godoy faz um alerta: “Mentir, entre outras definições, é ter a intenção de enganar. Se a omissão tiver esse caráter, então passa a ser de fato uma mentira, e nesse sentido traz consigo todas as implicações relacionadas à mentira propriamente dita”. Já a pastora Sandra Mara ressalta: “Os crentes devem reconhecer que o ato de mentir é próprio da época em que vivíamos na incredulidade e nos vícios. A mentira deve ser rejeitada por nós como uma roupagem velha e indesejável. A Bíblia alerta: ‘Não mintais uns aos outros, pois já vos despistes do velho homem com seus feitos’ (Cl 3:9)’”.

Se o crente almeja ter a mente de Cristo, como pode se envolver com mentiras, seja aos pais, filhos, maridos, esposas, chefes ou funcionários? Não existe mentira para o bem. Existe mentira e uma profecia feita por Deus, em Apocalipse 21:8: “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”.

O homem que não conhece a Verdade é escravo da mentira. Enquanto a mentira tem poder para transformar o homem em um escravo, a Verdade veio para libertá-lo.

Pecado não se tira com a mão, mas com confissão, oração e perdão”, declarou o pastor Isack Samora.

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