Marcelo Aguiar
Pastor da Igreja Batista da Mata da Praia, em Vitória; psicólogo clínico e escritor
Era uma manhã fria de domingo, no rigoroso inverno da cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Pouquíssimas pessoas eram vistas nas ruas. A maioria tinha preferido permanecer no calor e aconchego de seus lares, aquecendo-se junto às lareiras.
Entretanto, um menino franzino, dos seus onze anos, enfrentava o vento e a neve, a caminho da Escola Bíblica Dominical. Ele se encolhia dentro do paletó, tentando vencer o mais rapidamente possível os cinco quilômetros que separavam sua casa da Igreja que freqüentava."Aonde você vai com tanta pressa?", perguntou-lhe um homem que o encontrou no meio do caminho. "Vou à Escola Dominical na igreja do Pastor Moody", respondeu o garoto. "Muito bem", tornou o estranho. E continuou: "Sabe, eu também sou professor da Escola Dominical. Quero lhe fazer um convite. Por que você não vem comigo à minha igreja? É bem mais perto! Assim você não terá de caminhar tanto neste dia gelado".O menino agradeceu, mas, por mais que o outro insistisse, afirmou que preferia, realmente, ir à igreja do Pastor Moody. Vendo que não seria capaz de dissuadi-lo, o homem finalmente perguntou: "Mas por que você prefere andar tanto, numa manhã tão fria, só para participar da Escola Dominical nessa igreja?". O garoto olhou para ele e, com toda a sinceridade do seu coração, respondeu: "É porque lá eles gostam muito da gente".
Vivemos numa época em que as igrejas se multiplicam. Existem igrejas de todas as formas e tamanhos, para todas as convicções e preferências. Entretanto, grande é a escassez de igrejas que amam. Igrejas nas quais os pecadores se sentem aceitos, e os fracos, acolhidos. Igrejas nas quais prevalece o perdão, a generosidade, a empatia e o envolvimento. Por conta disso, muitos acabam por voltar suas costas às igrejas, e até olhá-las com antipatia. Tendem a vê-las como uma espécie de clube religioso, repleto de indivíduos orgulhosos e alienados, que nada têm a oferecer a corações sedentos de amor.
O Senhor Jesus afirmou certa vez: "Nisso conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13.35). Vivemos num mundo espiritualmente gelado. As pessoas vagueiam de uma parte à outra em busca de calor humano. Nem sempre o encontram na casa de Deus. E por não sentirem que o povo de Deus as ama, acabam por concluir que o Senhor não as ama também. Gostaria que você pensasse nisso por um momento. Gostaria que refletisse na maneira como tem vivido o cristianismo e expressado a sua fé. Gostaria que se decidisse a dar sua contribuição para fazer, da sua igreja, uma igreja amorosa.
Sherwood Wirt escreveu: "Descobri que não vem ao caso falar de igrejas fortes ou igrejas fracas, grandes ou pequenas, mornas ou frias. Essas classificações não são realísticas e estão fora de questão. A única distinção que podemos fazer é esta: igrejas que amam ou igrejas que não amam".
O mundo precisa de igrejas que amam. Não será o rigor exegético, a liturgia carismática ou o marketing religioso que conquistarão homens e mulheres para Cristo. Será o amor. Se eles virem o amor de Deus em nós, acreditarão que Deus os ama, e desejarão viver conosco. Caso contrário, se afastarão. O desafio está lançado. Que resposta iremos dar?
Sherwood Wirt escreveu: "Descobri que não vem ao caso falar de igrejas fortes ou igrejas fracas, grandes ou pequenas, mornas ou frias. Essas classificações não são realísticas e estão fora de questão. A única distinção que podemos fazer é esta: igrejas que amam ou igrejas que não amam".
O mundo precisa de igrejas que amam. Não será o rigor exegético, a liturgia carismática ou o marketing religioso que conquistarão homens e mulheres para Cristo. Será o amor. Se eles virem o amor de Deus em nós, acreditarão que Deus os ama, e desejarão viver conosco. Caso contrário, se afastarão. O desafio está lançado. Que resposta iremos dar?
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