Meus avós.

Na casa de meus avós encontrava beleza nas coisas mais simples. Simplicidade. Resume o que eram meus avós. Amáveis, atenciosos, dedicados. Hospitaleiros. Pensar na casa da vovó e do vovô me faz reviver momentos que foram demais preciosos. Na casa da vovó eu sentava no sofá e assistia televisão, com o vovô fumando... e eu reclamando da fumaça do cigarro. Só em lembrar dos cajás verdes da casa da vovó que fico com água na boca. Era confortante a casa, ali vivi momentos divertidos como, o balanço de madeira debaixo do pé de ameixa, molhar as plantas em volta de casa com a mangueira, correr das galinhas e até dos mais inocentes pintinhos (eu morria de medo#)... Hoje eu olho pra casa deles e me bate uma saudade. Lembro que vovó fazia meu prato de comida, eu almoçava quando ficava em casa e jantava porque ela sempre fazia questão de arrumar meu prato. Insistia em preparar meu arroz, feijão com farinha, ovo frito com gema dura e salada de alface. Simples. Feito com amor. Momentos da minha infância. Até hoje tenho a marca desses momentos, é impossível esquecer. E as mangas verdes? Tirava do pé com a vara que meu avô fez pra eu e minha irmã. Vovó não gostava muito que tirasse do pé antes de amadurecer, mas vovô nem ligava. Fazia questão de tirar do pé pra gente, e vovó se divertia porque nos ver felizes era o sorriso dela. Ela demonstrava isso de uma forma simples, mas com elegância. Vovó sempre foi muito discreta, não ficava exibindo as suas qualidades e nem comentava sobre suas emoções e sentimentos. Era uma pessoa doce. Meiga. Delicada. Prestativa.

São qualidades que presenciei e acompanhei de perto na minha infância. Porque estou contando isso aqui no blog? Talvez seja uma forma de amenizar a saudade que tenho dos meus avós. Todos os dias, não tem um dia que não penso neles. É forte. É inexplicável. Todas as lembranças ficarão guardadas na memória... O amor que sinto por eles, será eterno. Mesmo que não estejam presentes fisicamentes, ficarão para sempre guardados em meu coração... Queria nesse exato momento, matar a saudade dos meus avós!